sábado, 1 de setembro de 2012

As Máscaras da Hipocrisia Reinante no Mundo das Políticas da Imundície Humana



































Caminhando por terras inglórias
Entre seres sedentos e famintos
Feridos pela luz furiosa e inclemente
Despidos de qualquer vontade humana
Sobrevivendo apenas um dia após o outro
Afundando no abismo da miserabilidade
Olhando para o túmulo da esperança
Ao som das rezas fúnebres dos romeiros
E dos choros das mães desesperadas
Pela submissão aos laços da morte
Que rodeia todos os seres desamparados
Pelos reis do mundo das políticas da imundície humana
Pois, estão deitados sobre as riquezas dos grandes magnatas
Entre jogatinas e subornos das mazelas governamentais
Desfrutam das benesses do poder político que exercem
E mergulham em um mar de lama de depravações
Onde se promiscuem nos prazeres licenciosos da corrupção
E escarnecem dos pobres ignaros da patuléia
Que os elegem e confiam em suas palavras torpes
De falsas promessas que caem no esquecimento
Morrendo no inconsciente dos tolos enganados
E escandalizados com a sujeira vinda dos seus eleitos
Que sob a máscara da hipocrisia
Clamam por inocência aos quatro ventos
E pedem lamuriosamente, sem pestanejar
O apoio dos seus amados eleitores
Que aceitam convenientemente
As Máscaras da Hipocrisia
Reinante no Mundo
Das Políticas da Imundície Humana



sábado, 4 de agosto de 2012

O Rei dos Mares












Grande Rei dos Mares
Que desliza pelas profundezas aquáticas
Devora todas as pequenas criaturas
Dizima seus mais ferozes inimigos
Viaja pelas águas revoltas da Terra
Procurando novas vítimas
Para saciar seu instinto aniquilador
Com seus dentes vorazes
Que destróem suas presas
Em uma única mordida

Salve o Grande Tubarão
Que reina absoluto
Nos diversos mares do mundo

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Depressão da Alma















Alma que se esvai
Para a nefasta inexistência
Nas terras da impiedosa melancolia
Sob a tristeza das nuvens negras
Carregadas pelas lágrimas de sofrimento
Que despejam sua amargura sombria
Pelas terras apodrecidas e mortas  
Onde reinam a ignomínia e a vergonha 
Que espalham o desespero incontrolável
Entre as almas maltratadas e aniquiladas 
Pelo torpor insano das vaidades desumanas
Destinando-as à profunda e terrível depressão
Em um mergulho na vasta escuridão 
Onde a alma é devorada pelos seus medos 
E pela eterna e monstruosa solidão




sexta-feira, 1 de junho de 2012

A CARTA DO ANJO PERDIDO





















Era uma vez um menino, ele vivia em uma família que não tinha sonhos, estavam mergulhados na obscuridade da solidão humana, entediados com a própria existência, em seus mundos rotineiros e amizades obtusas. Caminhavam sobre águas turvas com os olhos fechados e sempre cambaleando entre a luz e a escuridão. Ele vivia sendo reprimido pelos seus pais e tudo que fazia estava errado. Ele não entendia porque seus pais não lhe davam atenção e eram totalmente desprovidos de amor. Porém, um dia ele ouviu uma história de seu avô, em que as crianças eram anjos antes de vir para a vida terrena e ele era o anjo mais ansioso para nascer que acabou passando a frente de um outro anjinho. Ele pensou muito nesta história e descobriu porque seus pais não conseguiam amá-lo. Então, ele resolveu escrever uma carta para seus pais, eis o que ela dizia:

“Queridos pais, todos os dias eu olhava para vocês e queria descobrir porque havia tanta amargura nos seus corações. No entanto, não conseguia encontrar a resposta por mais que eu procurasse. Eu ouvia seus gritos, amedrontado, pois vociferavam com tanta violência e furor, como se eu tivesse cometido um crime. Às vezes, eu fazia apenas perguntas triviais do cotidiano e vocês me olhavam com desprezo e sequer me respondiam uma simples palavra. Houve uma ocasião muito importante para a minha vida que eu pensei, aliás acreditei que vocês demonstrariam pela primeira vez algum sentimento por mim, contudo o que recebi foi o derradeiro esquecimento da minha existência, do meu ser. Na escola, a minha turma resolveu homenagear os pais, por eles serem tão amáveis e cuidadosos com suas pequenas crias. Cada um poderia escolher, livremente, o tipo de homenagem que deveria fazer para seus pais. Eu escolhi cantar uma música, que eu resolvi compor para vocês, onde eu declarava o meu sentimento por vocês. Porém, quando comecei a cantar eu não os vi na platéia, mesmo assim, eu continuei, a plenos pulmões, para que talvez a minha voz chegasse aos seus ouvidos. Eu os avisei durante toda a semana sobre esta homenagem e vocês me disseram que iriam me ver. Infelizmente para mim, vocês esqueceram da minha apresentação, isso porque eu era um verdadeiro fantasma em seus corações. Não estava presente nas suas mentes nem nas sua orações. Quando cheguei em casa, vocês gritaram comigo, me indagando por estar chegando tarde. Por isso, naquele momento corri para o quarto e me tranquei. Por um certo tempo, fiquei em pé, imóvel, olhando para o nada, esperando que um de vocês subisse e batesse na porta para saber porque eu corri direto para o quarto e não respondi o que me foi perguntado. Todavia, ninguém apareceu e então, chorei compulsivamente, sentindo muita dor no meu coração, por vocês, simplesmente, não gostarem de mim. Eu pensei que este dia tinha sido o pior da minha vida, mas eu não esperava que o futuro me reservasse uma dor muito maior que essa. No dia do meu aniversário, vocês discutiam violentamente, quando eu cheguei da escola, não entrei na casa direto, sentei na porta e fiquei ouvindo. Teve um momento em que ambos disseram não suportar mais conviver comigo e que eu dava muitas despesas, praticamente eu era um estorvo em suas vidas. Sei que as dificuldades eram muitas, não tínhamos o necessário para sobreviver, mas será que os obstáculos eram tão intransponíveis à ponto de vocês me odiarem tanto assim? Foi então que um dia, o meu querido avô, me contou a minha história. Neste dia, entendi porque vocês me tratavam daquele jeito e descobri uma coisa que jamais poderia imaginar. Na verdade, não sou filho de vocês, era para eu ter nascido em outra família, pois o vovô me disse que eu era um anjo muito apressado e acabei tomando o lugar do outro anjo que iria nascer nesta família, ou seja, o filho verdadeiro de vocês. Agora sei que vocês me amavam de alguma forma, mas eu era um usurpador e isso vocês jamais aceitariam. Por isso, eu decidi voltar para o céu e tentar saber em que família está o verdadeiro filho de vocês. Assim meus queridos pais vocês voltarão a ser felizes e eu irei para minha família verdadeira! Adeus, vou sentir muita falta de vocês!”


Ass.: O Anjo Perdido



P.S.: Aqui está a letra da música que fiz para vocês:





Uma bela mamãe

Um bondoso papai

Porque cada vez 

Que bate meu coração

Eu sinto 

O amor dos meus pais (BIS)



Quando eu vim

As bençãos de Deus

Caíram sobre mim

E tudo se transformou

Em um grande sonho de amor

Pela primeira vez 

Olhei para os meus pais

E descobri que sou feliz



Eu vivo sonhando acordado

Pedindo doces para o papai

E o carinho da minha mamãe

Porque sou muito carente

E preciso do amor dos meus pais



Uma bela mamãe

Um bondoso papai

Porque cada vez

Que bate meu coração

Eu sinto 

O amor dos meus pais (BIS)