quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Depois do Fim






O dia terminou
Todos foram embora
A solidão entrou
E invadiu a casa
Com o silêncio perturbador
O vazio indestrutível
E a lentidão das horas
Petrificando o olhar
Jaz distante


A luzes se apagam
Uma a uma
A escuridão
Aos poucos se acomoda
Se harmonizando
Com cada canto da casa
Eliminando
Toda a atmosfera de vida
E de alegrias


As lágrimas morrem
Antes de irromper
Pelos olhos frios
E acinzentados
Matando os sentimentos
Que aflorariam
Com apenas uma gota
De uma boa e bela
Lágrima


O corpo cai
Perde sua força
E a dor arrebata
Até o último
Resquício de energia
Deixando-o inerte
Em um sono profundo
De um despertar longínquo

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008