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sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Cálice de Vinho




O cálice estava em suas mãos
Com o vinho até a borda
Derramando toda vez
Que o seu corpo se movimentava
Formando pequenas poças do líquido de Baco
Que eram imperceptíveis à sua visão
Como não se importasse
Com cada gota desperdiçada


Seus lábios tocam o cálice
Algumas doses descem pela sua boca
Passam pela sua garganta
E se distribui por todas as partes do corpo
Causando sensações dionisíacas
E liberando sua formosura
Em forma de uvas saborosas
Mostrando toda sua desenvoltura
E beleza indescritível


Em um belo girar de corpo
Deixa o cálice cair
E o vinho se espalha pelo chão
Seus olhos perpassam
Pelo líquido precioso
Que se esvaía
Em direções distintas
Seguindo sem rumo definido
Perdido para sempre
Nas vias sem destino