quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A Morte Eterna das Flores

























Sangramos até a morte
Sob luzes radiantes
Que secaram nossos corpos
Inundados de sangue
Suplicamos para o orvalho
Para que não fosse embora
Porém, ele não pôde ficar
Na verdade, ele morreu
Após o nascimento da luz
Nunca mais lacrimejará
Também, as folhas secaram
E todas caíram em cascatas
Sobre a terra rachada
De repente, eles apareceram
Centenas, milhares ou milhões
De pequenos trabalhadores
E levaram-nas para longe de nós
Nossas pétalas perderam as cores
E definharam lentamente
Até cair, uma por uma
Não puderam se juntar à terra
E voltar a vida novamente
Porque esta foi abandonada
E morreu sob o nosso sangue
Sentenciando todas à morte eterna