domingo, 15 de dezembro de 2013

O DOM DO PERDÃO



Perdão, que palavra difícil de pronunciar
Cada vez que a ouço em meus pensamentos
Tortura-me incansavelmente a todo instante
Sinto como se o mundo estivesse me repreendendo
Por todos os atos insanos que cometi em meus caminhos
Sufoca-me os olhares de reprovação
Tento ficar de pé e recobrar meus sentidos
Meu andar cambaleante quase me derruba
Não obstante, sigo em frente sem pestanejar
Atravesso avenidas intransitáveis e ensurdecedoras
Com motoristas enlouquecidos por estarem imóveis
Paro em frente de várias lojas
Sem prestar atenção no que vejo
Procurando quase inconscientemente
O caminho que me leve ao perdão
Que parece estar muito distante
Dos meus olhos suplicantes e lacrimejantes
Então, vejo que para conquistá-lo definitivamente
Tenho que voltar pelas estradas errantes da minha vida
E pôr de volta todas as pedras que eu tirei do lugar
Reconhecendo a minha terrível culpa
Por ter destruído tantas vidas com minhas atitudes
Por isso, peço perdão, pois preciso de uma chance
Para redimir todos os meus pecados perante estas vidas
E trilhar novamente o caminho da felicidade