domingo, 3 de fevereiro de 2013

Anjos com Manchas de Sangue

































Anjos correndo pela rua
Cantando canções encantadoras
Sorrindo inocentemente
Com seus olhares de candura
E beleza pueril

Santificados por todos
Abençoados pela fé
Sagrados para a família
E deificados pelo amor

Sonhando com um futuro
Onde o resplandecer da Lua
E os raios do Sol
Brilhem intensamente
Sobre seus rostos angelicais

Não obstante
Os demônios da guerra
Passeiam pelo mundo
Espalhando violência e medo

Percorrem o caminho dos anjos
Manchando com sangue
Os pequenos inocentes
Em grandes explosões
Ou em cruéis fuzilamentos

Os anjos não correm mais
As canções são fúnebres
As lágrimas caem abundantemente
Os olhares estão mortificados
E a beleza foi trocada pelo horror

Pobres mães que agonizam de dor
Pela perda dos anjos queridos
Nos mares sangrentos da guerra
Sob o olhar dos poderosos insanos

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Escuridão Eterna




























Escuridão eterna
Para os ímpios da Terra
Que rastejam
Pelos pântanos
Da sujeira humana
Se alimentando
De carnes pútridas
E bebendo o sangue
Dos inocentes
Que são reféns
Da escória assassina
Que os mantêm
Sob o manto do medo
Enterrando-os
Nos pérfidos túmulos
Da humanidade iníqua


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A Morte Eterna das Flores

























Sangramos até a morte
Sob luzes radiantes
Que secaram nossos corpos
Inundados de sangue
Suplicamos para o orvalho
Para que não fosse embora
Porém, ele não pôde ficar
Na verdade, ele morreu
Após o nascimento da luz
Nunca mais lacrimejará
Também, as folhas secaram
E todas caíram em cascatas
Sobre a terra rachada
De repente, eles apareceram
Centenas, milhares ou milhões
De pequenos trabalhadores
E levaram-nas para longe de nós
Nossas pétalas perderam as cores
E definharam lentamente
Até cair, uma por uma
Não puderam se juntar à terra
E voltar a vida novamente
Porque esta foi abandonada
E morreu sob o nosso sangue
Sentenciando todas à morte eterna