domingo, 15 de dezembro de 2013

O DOM DO PERDÃO



Perdão, que palavra difícil de pronunciar
Cada vez que a ouço em meus pensamentos
Tortura-me incansavelmente a todo instante
Sinto como se o mundo estivesse me repreendendo
Por todos os atos insanos que cometi em meus caminhos
Sufoca-me os olhares de reprovação
Tento ficar de pé e recobrar meus sentidos
Meu andar cambaleante quase me derruba
Não obstante, sigo em frente sem pestanejar
Atravesso avenidas intransitáveis e ensurdecedoras
Com motoristas enlouquecidos por estarem imóveis
Paro em frente de várias lojas
Sem prestar atenção no que vejo
Procurando quase inconscientemente
O caminho que me leve ao perdão
Que parece estar muito distante
Dos meus olhos suplicantes e lacrimejantes
Então, vejo que para conquistá-lo definitivamente
Tenho que voltar pelas estradas errantes da minha vida
E pôr de volta todas as pedras que eu tirei do lugar
Reconhecendo a minha terrível culpa
Por ter destruído tantas vidas com minhas atitudes
Por isso, peço perdão, pois preciso de uma chance
Para redimir todos os meus pecados perante estas vidas
E trilhar novamente o caminho da felicidade


sábado, 2 de novembro de 2013

Um Poema para Dylan Thomas








Dylan, O Terrível
Dissecador dos sentimentos
Mais intrínsecos do ser
Retalhando pedaços da alma
Impregnados de amor e ódio
Infligindo a dor depressiva
Da lágrima escaldante
Que desliza flamejante
Dos olhos negros de fúria
Terrivelmente intensos
De emoções destruidoras
Guardadas sob a manta da religiosidade
Que jaz na ignomínia e na luxúria
De seus sacerdotes impuros
Maculados pelo pecado imperioso
Da sublime e almejada carne
Suficiente para fazer emergir
Dos caminhos venosos
O sangue da discórdia
Que se espalha rapidamente
E contamina a terra da inocência
Antes, mantida no cárcere do amor
Agora, suplica a volta do seu carcereiro
Lamentando por ter fugido
Da pureza dos sentimentos humanos

Oh! Dylan! Oh! Dylan!
Ser visceral
Visionário da alma
Romântico incorrigível
Por que a morte está em seus poemas?
Se, até hoje, seus poemas vivem!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MENTES HUMANAS: O Mundo Inconsciente da Mente





Os mistérios incognoscitivos que permeiam as mentes sãs e insanas dos seres imperfeitos que estão intrinsecamente introduzidos no espaço indefinido das ligações neurônicas que torna ilimitável o conhecimento humano sobre os objetos animados e inanimados da esfera global em que todos residem temporariamente mostrando o fim inexorável da humanidade selada desde o início da sua origem perfeita perdida pela doce mordida no fruto proibido que fez o pensamento buscar a liberdade para voar até as longínquas nuvens do Mundo Inconsciente da Mente!

MENTES HUMANAS: Pensamentos: vida ou morte?




O consciente impregnado de pensamentos diários de pouca relevância que distorcem a realidade do ser humano, suficiente para enlouquecer a cada momento este ser intruso que se apoderou da face terrena e dizimou toda fonte de vida existente naquele lugar. 

Mostrando a imperfeição das ideologias humanas que desgraça a vida de milhões de pessoas, entregando-as nas cinzas da escuridão como se fossem coisas desprezíveis que poderiam ser fáceis de varrer do solo da verdade que está no inconsciente da obscuridade humana.

MENTES HUMANAS: O Imaginário nas Nuvens




Mensagens que parecem indecifráveis flutuam sob nossas cabeças mostrando retratos da realidade humana com simbolismos enigmáticos que confundem a mente cognoscitiva impingindo considerações inconclusivas inerente a conceitos impositivos da sociedade existente com suas pluralidades científicas ou ideológicas ou empíricas ou religiosas que admitimos em nossas vidas sem contestar nos adaptando de forma autômata a todas as regras vigentes e as que há por vir como se fossem uma verdade absoluta sobre todos os fenômenos naturais e sociais que ocorrem neste planeta de mistérios ainda insondáveis que precisam ser revelados para as consciências individuais e coletivas da humanidade perdida na obscuridade do Imaginário nas Nuvens brancas e negras do céu glorioso deste Mundo incrível e extraordinário.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

MENTES HUMANAS: Sentidos Impenetráveis da Mente



Sentidos que nada dizem permeiam as mentes de modo vago e inconstante, gerando imagens desconexas que exasperam a consciência enclausurada no mundo das suposições e das hipóteses pelas quais se esmera em decifrar a senda dos pensamentos inconclusivos que emana da obscuridade da inconsciência humana e produz o desespero e o medo daquilo que não se pode conhecer, levando o ser peremptoriamente ao estado de alienação profunda e desencadeando uma hostilidade incontrolável sobre todas as coisas visíveis ao seu olhar pálido que verte lágrimas ardidas e mostra o semblante de rancor profundo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Perfeito Fim




Chegou o final

Não há como voltar

Não existe mais caminho

O chão se abriu

A queda foi inevitável

E a vida lamentavelmente

Passará a eternidade no vazio



O mundo desabou

O sonho acabou

A luz se apagou

O fim chegou



O derradeiro fim

O mesmo fim

O puro fim

O perfeito fim

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

NADA MAIS: O Encontro do Nada





As sendas que levam ao nada são incongruentes, não obstante, as pessoas vivem encontrando o vazio. E se mortificam até o íntimo do seu ser, deixando suas vidas inertes por um período de tempo que parece eterno, pois disseca um boa parte da vida e às vezes conduz a uma letargia incurável. O ser sempre encontra o nada, muitas vezes o despreza, outras vezes o abraça.

NADA MAIS: Na Direção do Nada





O encontro do vazio inerente as emoções destruídas pelas relações inconsistentes que lançam os seres que amam na total inexistência da vida na sociedade inconspícua de comportamento iníquo, inserida na devassidão deste sistema mundial interligado por teias da perversão econômica e política que encobre o enorme vazio social entranhado na imensidão da vida humana que apodrece lentamente devido as suas imperfeições que dizimam cada canto deste planeta que está indo impreterivelmente na direção do NADA.

NADA MAIS: O Nada Existe...Existe o Nada







O nada revela o nada
A inexistência procura a inexistência
O vazio mantém o vazio 
A ausência inspira a ausência 
O vácuo contém o vácuo 
O espaço se define por se definir 
E o todo se torna o nada

quinta-feira, 11 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Ansiedades e Aflições



Eu não aguento mais essa espera
Será que vai demorar muito?
Preciso ter uma resposta rápida
Estou enlouquecendo a cada minuto
Meus nervos estão à flor da pele
Daqui a pouco, daqui a pouco mesmo
Vou começar a gritar
Arrancar meus cabelos
Jogar-me nas paredes
Quebrar tudo pela frente
Vou correr desesperadamente pelas ruas
Até que um carro me atropele
E acabe com essa angústia
Que toma conta de mim
Despertando uma raiva incontrolável
Dando uma vontade imensa
De ir até a casa dele
Dizer um monte de desaforos
E quebrar o maldito carro que ele tanto ama
Aaaah! Meu Deus o telefone está tocando!
É ele! É ele! É ele! É ele! É ele!
Eu sabia que ele ia ligar!
Que amor! Ele é maravilhoso!
Alô! Meu amor! Que bom que você ligou!
O quê?! Funerária do Céu Encantado?!
Aqui é o inferno!!!!!!!!!
Onde você vai queimar até virar cinzas!
Engano é uma ova!
Homem é tudo uma desgraça!
Também, não quero mais saber dele
Tomara que um poste caia na cabeça dele!
Que custa pegar o maldito telefone e me ligar!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Fragilidade Extrema




Eu estou muito fraca
Não consigo me levantar
Sinto muitas dores
Não me toque
Por favor, feche as janelas
Tenho uma pele sensível
Abaixe o volume do rádio
Meus ouvidos não aguentam
Agora, apague as luzes
Minhas vistas estão doendo
E me deixe descansar
Como um anjo sobre as nuvens

terça-feira, 9 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Mentiras que contam para si mesmas



Eu vou me casar com um homem que me ame
Que seja educado, gentil e decente
Um homem que seja sensível aos meus sentimentos
E compreenda minhas necessidades
Não me importa a aparência dele
Pode ser magro ou gordo
Cabeludo ou careca
Alto ou baixo
Preto ou branco
Pobre ou rico
O importante é o que ele tem por dentro
Sentimentos nobres e perfeitos
Porém, infelizmente, me casei com um homem rico e arrogante
De beleza extraordinária e famosíssimo
Que adora o meu corpo
E me trata como uma rainha
Presenteou-me com um cartão de crédito ilimitado
Um carro conversível zero quilômetro
Uma cobertura na Vieira Souto
E viagens de férias, todos os anos
Para Paris, Roma e Nova York
Nem sempre a vida nos dá o que a gente pede
Temos que nos contentar o que surge em nosso destino