sexta-feira, 5 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Pesadelos Noturnos



Eu não quero mais dormir
Tenho tido pesadelos horríveis
Sempre acordo no meio da noite
Gritando e chorando
Tento me acalmar em vão
Procuro meus remédios
Quase que enlouquecidamente
Bagunçando todo quarto
Até que finalmente por milagre
Encontro a caixa com os comprimidos
Para meu desespero, está vazia
Corro rapidamente para a farmácia
Mas, o atendente se nega a vender o remédio
Por eu estar sem a receita médica
Então, eu tento explicar o meu problema
A importância deste remédio para mim
Porém, ele pede desculpas
Que ele não pode vender
O bendito remédio
Sem a maldita receita
Então, eu começo a gritar
Dizendo um monte de impropérios
E acabo sendo expulsa da farmácia
Pelo segurança daquela espelunca
E jogo todas as pragas neles
Volto para casa desolada
Deito-me lentamente no sofá
E durmo calmamente como um anjo

quinta-feira, 4 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Enxaquecas Diárias




Minha cabeça está doendo
Me leve para a escuridão
Esta luz me machuca
Por favor, silêncio absoluto
Sua voz me perturba
Vou me deitar
Feche as cortinas
Onde está meu tapa-olho?
Agora saia, que eu vou tentar dormir
O que é isso?
Que barulho é esse?
Esse vizinho desgraçado novamente!
Seu verme, vou matar você!
Minha cabeça está explodindo!
Eu não vou me acalmar
Faz este miserável parar com isso!
Telefona, agora para o porteiro!
Você não me ouve!
Você quer que eu morra de dor!?
Ai, meu Deus, eu não aguento mais!
Ah! Ele parou! Deus me ouviu!
Me acompanhe até a cama
Agora, saia daqui!
Eu quero descansar
Ahhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!
Desliga essa droga de televisão!!!!!!!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Insônia Crônica



Que dia terrível
Pessoas correndo
De um lado para o outro
Gritos de todos os lados
Pressão incontrolável
Não aguento mais isso
Pensam que eu sou uma máquina
Tenho que resolver tudo
Quero que todos se explodam
Não consigo dormir há semanas
Estou bebendo descontroladamente
Tomando remédios que não fazem efeito
Também, bebendo litros de café durante o dia
Como vou conseguir dormir à noite?
Em casa, fico deitada por horas
Mas, o maldito sono não vem
Levanto-me e começo a limpar a casa
Tento ler um bom livro ou ouvir uma boa música
Aí, então eu consigo dormir
Contudo, minutos depois
Ouço o som estridente do despertador
Tenho que voltar para o inferno da rotina
E ter mais um dia de chatices e irritações

terça-feira, 2 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Depressão Pós-Parto




Tire essa criança daqui
Não consigo olhar para ela
Por favor, me deixe sozinha
Eu sei que vou amá-la
Mas, não agora, agora não
Não posso cuidar dela
Eu vou machucá-la
Não serei uma boa mãe
Às vezes me sinto sonolenta
Tenho medo de deixá-la cair
Nunca mais poderei tocá-la
Eu me sinto infeliz
Toda vez que eu olho para vocês
Vejo que não há mais chance para nós
O fim está cada vez mais próximo
Tenho absoluta certeza
Que a culpa desta tragédia anunciada
É totalmente minha ou simplesmente minha
Não tenho mais vontade de fazer coisa alguma
Estou profundamente irritada
E espero ansiosamente o dia terminar
Porque a cada instante olho para meu filho
Para verificar se ele ainda está vivo
Tenho medo que ele pare de respirar
Eu estou em pânico
Não consigo me controlar
Que desespero enlouquecedor
Acho que meu filho está morto
Por favor, me ajudem, me ajudem...!!!


segunda-feira, 1 de julho de 2013

COMPLEXIDADES FEMININAS: Choro Compulsivo




Eu cheguei a casa
Olhei as paredes descascadas
As roupas jogadas no sofá
Os brinquedos espalhados pelo chão
Pratos e copos sujos na mesa
Vejo que meu trabalho não terminou
Não posso descansar tranquilamente
As mulheres lutaram anos por sua independência
E quando realmente a conquista
Continuam sendo escravas do lar
Parece que temos que fazer uma nova revolução
Mas, enquanto isso não acontece
Sento no sofá, respiro profundamente
E começo a chorar sem parar
Lágrimas caem como cachoeiras
Pensamentos pululam minha mente
Tento explicar minha dura rotina
Buscando desculpas para o indesculpável
Quantas vezes terei que repetir o óbvio
Brigar por causa de atitudes impensadas
Sem que isso pare em um Tribunal
Revelando mágoas e feridas não cicatrizadas
Por isso, que toda vez que chego em meu bagunçado lar
Eu choro e acalmo meu coração
Para que eu possa olhar sempre para ele
E não meter a mão na cara dele
Por fazer da minha vida um inferno
E ao mesmo tempo ser tão amoroso
Que me faz perdoar todos os seus defeitos
Lembrando que o nosso amor é eterno